top of page

Agatha Christie’s Poirot

  • Foto do escritor: Sofia
    Sofia
  • 22 de dez. de 2020
  • 5 min de leitura

Atualizado: 1 de fev. de 2021

“O meu nome é Hercule Poirot e eu sou provavelmente o maior detetive do mundo.” (Poirot)


Nome: Agatha Christie’s Poirot | Poirot

País: Reino Unido

Ano: 1989 - 2013

Estado: Completa

Episódios: 70 (13 Temporadas)

Duração: 50 minutos

Género: Crime, Drama e Mistério


Sinopse

David Suchet é o detetive enigmático, excêntrico e extremamente inteligente de Agatha Christie, Hercule Poirot. Da Inglaterra ao Mediterrâneo, acompanhado pelos seus companheiros elegantes e confiáveis: o capitão Hastings, o inspetor-chefe Japp e a senhorita Lemon, Poirot coloca a sua inteligência contra uma coleção de crimes de primeira classe.

Crítica

Hercule Poirot é um dos personagens literários mais famosos do mundo. Portanto, porque não fazer uma série televisiva com ele? Assim nasceu Poirot, uma série que esteve no ar durante 25 anos e que fez as delícias dos fãs da dama do crime pelo mundo todo. Não creio que seja necessário falar muito sobre as obras de Agatha Christie, tendo em conta o quanto são famosas. Mesmo assim, vamos lá...

Em Poirot, vemos as obras de Christie ganhar vida através da maravilhosa performance de David Suchet como protagonista. Acompanhado na maioria das vezes pelo seu amigo Hastings, Hercule Poirot usa as suas celulazinhas cinzentas para resolver os casos que lhe vão aparecendo pela frente, ao mesmo tempo que auxilia o inspetor Japp nas investigações. Seja em Inglaterra, no Egito ou na antiga Mesopotâmia, o crime parece seguir o detetive como uma sombra. Por mais complexos que os casos possam ser, Hercule parece conseguir resolvê-los a todos.

Embora existam outras adaptações, eu confesso que esta série é a minha favorita. E o motivo é só um: David Suchet. Arrisco dizer que se Agatha Christie fosse viva em 1989, ela teria visto a sua personagem Hercule Poirot saltar das páginas escritas e ganhar vida no grande ecrã. Na verdade, o elenco de Poirot está incrivelmente bem escolhido. Quando vejo David Suchet no seu papel do detetive belga, vejo a minha infância e adolescência ganhar vida. Não há um único pormenor, nenhuma excentricidade ou mania que tanto nos irrita e encanta no detetive, que tenha sido deixada ao acaso.

Mas não nos podemos esquecer do restante elenco. Hugh Fraser interpreta o capitão Hastings que, embora seja corajoso, não demonstra muita inteligência. Porém, muitas vezes são as suas ideias disparatadas ou confusões que ajudam a resolver o crime. Tenho de admitir que não gosto muito da personagem de Hastings nos livros, mas Hugh Fraser interpreta-a de uma forma fantástica dando-lhe alguma inteligência e perspicácia que é impossível eu não simpatizar com ela. Em contraste com a mente imaginativa do capitão temos a senhorita Lemon, a secretária de Poirot, interpretada por Pauline Moran. Considerada uma mulher eficiente e sem qualquer imaginação, de vez em quando é chamada para auxiliar o detetive nos seus casos. Quando vemos a personagem de Pauline Moran não conseguimos deixar de pensar o quanto Miss Lemon parece uma mulher tensa e, ainda assim, exótica. Mas para trabalhar para o grande detetive não poderia ser qualquer uma, pois não? E por fim, não me posso esquecer do inspetor Japp. Philip Jackson será para sempre o meu inspetor Japp! Embora não participe demasiado nos crimes que Poirot resolve, não deixa de ser uma personagem importante. E apesar de ser inteligente, não consegue ultrapassar o detetive na resolução dos casos, o que o faz sentir inveja e admiração por Poirot.

Algo que eu admiro neste elenco é o facto de fazerem parte dele durante 25 anos. E talvez por isso, quando os vemos noutros trabalhos, continuam a ser as personagens queridas de Poirot.

Sendo uma série tão longa, não é uma surpresa se disser que passou por mudanças de realizador. No entanto, isso não afetou a sua qualidade. Para uma série que começou em 1989, os gráficos e a sua composição técnica são fantásticos. E, embora eu considere que há séries com melhor fotografia, Poirot não é das piores. Na verdade, isso é um aspeto que vai melhorando ao longo dos anos em consequência da evolução da tecnologia.

E uma série policial tem que ter uma boa banda sonora para acompanhar os momentos de horror quando o crime é descoberto, ou quando o assassino é revelado. Não vou dizer que a banda sonora de Poirot é uma das minhas favoritas. Porém, duvido que haja alguém que ouça os primeiros acordes do tema de abertura da série e não se lembre do detetive belga e do seu little moustache. Christopher Gunning, o compositor musical da primeira parte da série, ganhou um BAFTA em 1990 com o tema de Poirot, acabando por a música ser outro dos aspetos que define a série.

Tratando-se de uma série em que cada episódio é um caso que Hercule Poirot resolve, o final só poderia ser surpreendente. O momento em que o detetive reúne todos as personagens da história e as vai acusando uma por uma até chegar ao verdadeiro assassino, é o mais esperado! E é a forma como todos os elementos se encaixam que acabamos abismados por não ter reparado neles antes.

Curiosamente, o último episódio da série é o último caso em que Poirot participa e, para mim, é um dos mais emotivos.


Sussurro do Coração

Creio que já o devo ter dito aqui, ou pelo menos já adivinharam: eu sou uma fã de Agatha Christie. Cresci a ler os livros (embora ainda tenha um longo caminho pela frente) e a ver as adaptações das suas obras, e, por isso, Poirot é uma série tão querida para mim. Embora reconheça o mérito de Sherlock Holmes na forma como usa a dedução para resolver os seus crimes, é Hercule Poirot que guardo no meu coração.

Outra das minhas personagens favoritas de Christie é Ariadne Oliver, uma escritora de livros policiais. Quando mencionei as personagens da série, não inclui a excêntrica Ariadne (Zoë Wanamaker), visto só aparecer nas últimas temporadas. Porém, é uma personagem deliciosamente hilariante. E isso não tem que ver por ser cómica, mas sim devido à sua personalidade. Sabem aquelas pessoas que parecem estar sempre a pensar em trinta coisas ao mesmo tempo e que aparentam falar sozinhas? O que mais me encanta nessa personagem é acreditar que Christie a criou para simplesmente desabafar sobre a sua própria escrita e sobre o quanto arrependida às vezes se sentia por ter criado Hercule Poirot. E isso diverte-me imenso!

Recentemente vi um documentário maravilhoso - Being Poirot -, com David Suchet, em que são apresentados todos os aspetos que fizeram da série mundialmente conhecida. E eu tenho de vos confessar que, em alguns momentos, houve uma lágrima que escapou. Se ainda não viram, aconselho-vos a ver!

“É o cérebro, as pequenas células cinzentas nas quais se deve confiar. É preciso buscar a verdade interiormente - não fora.” (Hercule Poirot)

Por tudo isto, não poderia escolher outra série se não esta para o tópico “Uma série que nunca te cansas de ver” do Ecletic Heart 30 Post Challenge, porque de facto é uma série que sempre que dá na televisão, eu acabo por seguir.


Avaliação - 🟉🟉🟉🟉🟉🟉🟉🟉🟉🟉 (10)

Comentarios


  • White Facebook Icon
  • White Instagram Icon
  • White Twitter Icon

As imagens publicadas neste blog são na sua maioria retiradas da Internet. Se a utilização das mesmas estiver a violar os direitos de autor, entre em contato com Ecletic Heart. As mesmas serão retiradas o mais rápido possível.

© 2023 por Tipo Diva Blog | Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page