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D-Day

  • Foto do escritor: Catarina
    Catarina
  • 27 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 1 de fev. de 2021

Qual é o pior pesadelo dos médicos? Deixar o seu paciente falecer ou decidir quem podem ou não salvar?



Nome: 디데이 | D-Day

País: Coreia do Sul

Ano: 2015

Estado: Completa

Episódios: 20

Duração: 65 min

Género: Drama médico, Romance


Sinopse

Um terramoto de magnitude 6,5 atinge Seoul que não estava preparada para um desastre tão grande. As estradas e edifícios ficam destruídos, impedindo que as ambulâncias e bombeiros cheguem às vítimas. Um grupo de cirurgiões e enfermeiros não resistem a fazer tudo o que podem para ajudar as pessoas feridas, mantendo a esperança durante as situações mais desesperadoras e assumindo todo o tipo de riscos para salvar vidas.

Crítica

Confesso que não sou grande fã de filmes que estejam relacionados com catástrofes naturais ou o fim do mundo, portanto quando comecei a ver este drama asiático tinha as minhas expectativas muito baixas. Contudo, tenho de admitir que foi uma das melhores escolhas que fiz, e toda a trama manteve-me agarrada ao ecrã até ao último episódio.

A história começa com a apresentação de um dos protagonistas - Lee Hae Sung, um cirurgião de medicina geral que trabalha nas urgências de um hospital privado em Seoul. Apaixonado pela sua profissão, faz de tudo para salvar os seus pacientes, algo que perturba o diretor do hospital, pois o seu comportamento imprudente vai contra os princípios da entidade.

Neste momento é apresentado o principal conflito que vai desencadear uma série de acontecimentos ao longo dos episódios: afinal a existência dos hospitais é para salvar e curar pessoas ou são instituições para ganhar dinheiro através dos tratamentos que providenciam aos pacientes?

A partir daqui a história desenrola-se de forma bastante fluída e cativante, inclusivé durante as cenas do terramoto que devastou tudo, com vários acontecimentos interligados uns aos outros, sucessivas casualidades e azares ao longo do percurso das personagens. Sem dúvida que tem um enredo bem conseguido, que nos deixa expectantes sobre o que vai acontecer a seguir. O único aspeto negativo que consigo mencionar é o facto de no meio de tanto acontecimento ficarmos perdidos na linha temporal da história.

Outro dos aspetos que me fez gostar desta obra foi o desenvolvimento e crescimento das personagens ao longo dos episódios, enquanto se debatiam com as dificuldades que lhes iam aparecendo. Assim como a excelente prestação por parte dos atores em transmitir a frustração e o desespero pelo que passavam médicos e bombeiros perante o desastre.

Analisando tecnicamente, não posso deixar de mencionar que a banda sonora e a edição de som se adequam perfeitamente, já que tornam os momentos críticos ainda mais tensos e satisfatórios. Os efeitos especiais poderiam ser um pouco melhores: conseguimos entender que alguns dos gráficos da destruição de Seoul eram imagens “falsas”.

Na minha opinião, o desenlace não foi muito surpreendente mas ao mesmo tempo foi a forma mais correta de terminar toda a trama sem estragar o que até lá tinha sido construído. Talvez o aspeto negativo seja o facto de ficarmos sem saber o rumo que algumas personagens secundárias tiveram.


Sussurro do coração

D-Day, traduzindo Disaster Day, como o nome indica, é o dia chave, quando te deparas com um momento fulcral da tua vida e tens de lidar com este acontecimento inesperado, em que sobreviver é o principal em vez de viver.

No decorrer dos episódios, deparei-me com várias questões éticas que são analisadas e nos deixam a pensar: o que faria no lugar daquela personagem? Seria capaz de abandonar tudo e manter uma cabeça fria? Deixaria o meu instinto de sobrevivência vencer os meus valores éticos e morais? Manteria a perseverança ou deixava o pânico atingir-me?

Ao mesmo tempo que me debatia com estas questões, revoltava-me com o lado desumano, representado pelo papel do diretor do hospital e dos políticos, ao quererem fazer da calamidade uma oportunidade de ganharem dinheiro ou reconhecimento, alegando que os meios justificam os fins.

Sem dúvida, este é um drama asiático que aconselho todos a verem. É verdade que tem romance, mas não é o foco principal. Os valores que o autor pretende transmitir, essencialmente à sociedade coreana, aplicam-se muito facilmente ao resto do mundo.

Terminaria esta minha review com a seguinte frase que me marcou:

“Acreditar que alguém vai salvar o meu filho, assim como tento dar o meu máximo para salvar os filhos de outros.”

Escolhi este drama asiático para integrar o Ecletic Heart 30 Post Challenge sob o tema “um drama que fala sobre problemas atuais”. Após a atual crise mundial de pandemia do Covid-19, pensei que falar sobre uma hipotética catástrofe natural em parte se encaixa na nossa corrente situação.


Avaliação - 🟉🟉🟉🟉🟉🟉🟉🟉 (8)

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