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Mystery in White - A Christmas Crime Story

  • Foto do escritor: Sofia
    Sofia
  • 9 de dez. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 14 de fev. de 2021

Caro senhor, fiquei preso num comboio nas vésperas de Natal. Avise o Pai Natal e vamos todos para aquela casa tomar um chá.


Nome: Mystery in White - A Christmas Crime Story | Mistério em Branco - Um crime no Natal

Escritor: J.Jefferson Farjeon

País: Reino Unido

Ano: 1937

Género: Crime, Mistério, Policial e Thriller


Sinopse

Em vésperas de Natal, um intenso nevão obriga um comboio a interromper a viagem junto à pacata aldeia britânica de Hemmersby. Perante uma espera sem previsão de acabar, um grupo de passageiros decide sair para procurar refúgio, onde encontram uma casa, que se revela um mistério para todos. E para piorar tudo, o grupo não faz ideia de que entre eles encontra-se um assassino pronto a revelar-se.

Crítica

É raro eu escolher um livro pela capa. Sei o quanto estas podem enganar. Quantas vezes algum de nós comprou um livro que tinha uma capa linda e o seu conteúdo desiludiu? Mas a verdade é que desta vez fui seduzida por esta capa. Não sei explicar o porquê, mas quando a vi no Goodreads ficou-me ‘debaixo de olho’. Nunca tinha ouvido falar de J. Jefferson Farjeon e por isso estava receosa de me aventurar noutro policial que não tivesse sido escrito por Agatha Christie. Mas ainda bem que o fiz!

Falando na dama do crime, um dos aspetos que me chamou a atenção para esta história foi começar num comboio. Quem é que não conhece a obra Um Crime no Expresso do Oriente? À medida que fui lendo, houve outro aspeto que me lembrou outra obra de Christie mas, em vez de me deixar desconfiada, ainda me fez ficar mais curiosa para chegar ao fim.

Mistério em branco conta-nos a história de um grupo de pessoas que se encontra ‘preso’ num comboio por um nevão, perto da aldeia de Hemmersby. A narrativa começa alguns dias antes do Natal, o que a torna uma leitura perfeita para ser feita na época natalícia. Cansados de esperar, as personagens decidem sair do comboio e tentar a sua sorte até à próxima estação, que não parece estar longe. Porém, a neve adensa-se e o grupo vê-se obrigado a refugiar-se numa casa escondida no meio da folhagem, que emana um ar misterioso. São várias as pistas de que algo está errado, mas ainda assim o grupo decide abrigar-se nela. É aí que toda a trama se desenrola, tendo me lembrado várias vezes do romance policial E não sobrou nenhum de Agatha Christie.

À medida que vamos conhecendo as várias personagens, vamos também tentando descobrir o mistério que envolve a dita habitação. As personagens de J. Jefferson são muito diferentes umas das outras, criando um grupo dinâmico e tenso. Gostei imenso deste aspeto, bem como do ar gótico a que o autor decidiu envolver toda a história. A sensação que tinha à medida que ia lendo era que, no início da narrativa, as luzes estavam acesas e, assim que o grupo sai do comboio, o autor apagou as luzes e acendeu apenas uma vela, passando só a ver aquilo que ele ia iluminando com a luz da dita, enquanto tudo o resto ficava na sombra.

Tal como referi, não conhecia o autor mas gostei da sua forma de escrita. Sem grandes arabescos, J. Jefferson envolve-nos na leitura pelo modo como nos vai contando os acontecimentos de forma direta e simples, e da maneira como usa o suspense. Embora considere que o enredo é muito interessante, confesso que houve momentos em que achei os diálogos das personagens um pouco descabidos. Ainda assim, isso não me impediu de me embrenhar no mistério e de o tentar desvendar antes da história terminar.

Para ser sincera, o único verdadeiro ponto negativo foi a forma como o autor decidiu terminar a história. Na minha opinião, o último capítulo não tinha grande razão de existir. Já o mistério envolvendo a casa e os seus habitantes, foi algo entusiasmante e o qual eu não previ. Foi uma agradável surpresa!


Sussurro do Coração

O romance policial foi sempre um género literário que me fascinou. Desde pequena que toda a história que tivesse um mistério por resolver me cativava a atenção. No entanto, nunca me senti aventureira o suficiente para ler outras obras que não fossem as de Agatha Christie. Mistério em branco conseguiu fazer com que eu desse esse passo, abrindo-me assim a porta para outros grandes escritores da literatura policial da época, e até mesmo começar uma nova coleção! Algo que já não fazia desde os tempos da saga Harry Potter.

J. Jefferson Farjeon foi um escritor inglês, aclamado pela forma como introduziu o horror em histórias de mistério. Quando a obra Mistério em branco foi publicada, em 1937, ela teve um grande sucesso, e a verdade é que ainda nos dias de hoje consegue cativar os leitores contemporâneos.

Embora a obra não seja um livro de aventuras ou de viagens, decidi incluí-lo no Ecletic Heart 30 Post Challenge, no tópico “Um livro onde a personagem parte numa jornada”, pois efetivamente todas as personagens viajavam quando ocorreu o problema que criou toda a trama. E acreditem: para além de ter sentido estar numa grande viagem, até o frio e mesmo o espírito natalício consegui sentir. Aconselho!


Avaliação - 🟉🟉🟉🟉🟉🟉🟉🟉 (8)

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